Strange, as expected. But a good experience on overcoming the uncertainty of how to react to people with disabilities. Abnormality was told in the first person. Picture (from left): an excellent host (normal, apparently), one American lady dwarf, a paralysed woman with a neurological condition, one midget who vaguely resembled de Niro, one guy with benign constant tremor (shaking tremendously all the time, what a life…), another with some strange disease with need for regular artificial hydration. I was especially impressed by the life story of the shaking guy: people come to him in the bus saying “really cold, ah?”, men get confused in shared toilets wondering how he can wank and piss at the same time, but women seem to like the idea of having a constant vibrator. Apart from that, it was all normally funny. Good comedians, some used the disability theme, some didn’t. Good laughs about life.
Sunday, April 30, 2006
Abnormally funny people revisited
Friday, April 28, 2006
Abnormally funny people
Wouldn't happen anywhere else. Soho Theatre. Will tell you tomorrow how it went. Given my problems with "little people" I am not sure about this evening. Not sure at all.
Thursday, April 27, 2006
Haja saúde
Wednesday, April 26, 2006
Sand
O Porto está...na rua!
Há quem lhe chame música para massas. Que seja. A nova música do FCP (a ouvir no mais futebol), dá vontade de cantar, ir ao estádio (cheio) e ouvir a massa tripeira aprender a letra. Se calhar já vai com ela aprendida para o próximo jogo no domingo. O bilhete de sócio dá direito ao CD (Tanto Porto). Aposto que vai haver festa. Rais parta a distância.
Tuesday, April 25, 2006
Sr. Presidente, porque não usou cravo?
dia 25
Estás desiludido com as promessas de Abril, né? As conquistas de Abril! Eram só paleio a partir do momento que tas começaram a tirar e tu ficaste quietinho, né filho? E tu fizeste como o avestruz, enfiaste a cabeça na areia, não é nada comigo, não é nada comigo, né? E os da frente que se lixem... E é por isso que a tua solução é não ver, é não ouvir, é não querer ver, é não querer entender nada, precisas de paz de consciência, não andas aqui a brincar, né filho? Precisas de ter razão, precisas de atirar as culpas para cima de alguém e atiras as culpas para os da frente, para os do 25 de Abril, para os do 28 de Setembro, para os do 11 de Março, para os do 25 de Novembro, para os do... que dia é hoje, ah?
Saturday, April 22, 2006
A Deus Petróleo
Consequências nefastas e inúmeras a nível macroeconómico do aumento do preço do «omnipresente» petróleo: aquele que aumenta a dívida pública, exerce pressão sobre os preços, provoca ou agrava as pressões inflacionistas, o que obriga ao aumento das taxas de juro, o que torna o dinheiro mais caro, o que provoca a redução do investimento, o que provoca a redução da oferta de emprego, e (maior) desequilíbrio orçamental. O petróleo: aquele que aumenta as tensões políticas, o ataque a outro país islâmico (85% das reservas do petróleo=OPEP=Islão+/-=terrorismo islâmico), aumenta as falências de empresas (juros mais altos), diminui a procura interna, diminui os investimentos empresariais e afastamento de IDE (investimento directo estrangeiro), aumenta as taxas de desemprego e com elas a despesa da, já insustentável, segurança social. Será que nós e os nossos filhos SÓ poderemos usufruir de uma reforma merecida quando ultrapassarmos a idade de esperança média de vida? O petróleo: aquele que aumenta a sensibilização do público para as cada vez mais frequentes catástrofes naturais, e a própria Natureza, o sistema ecológico e o sistema educativo desses mesmos países produtores. Enfim, democracia: será que a procura de armamento nuclear é mais importante? Ou será que nos vendam os olhos com um programa da vida real estilo Big Brother enquanto os EUA e restantes servidores roubam o ouro preto? SERÁ A GRIPE DAS AVES MAIS IMPORTANTE QUE ESTE NOVO VÍRUS DE PESTE NEGRA?
Sérgio Silva
Friday, April 21, 2006
Brent crude oil prices
Wednesday, April 19, 2006
Sunday, April 16, 2006
pickles and love
For the first time since I started this blog, something that relates directly to my work. Rosetta life is a project created by a writer and a video producer for people with life-threatening diseases and their families. For them to become creative (literally, to create) and express themselves by means of art and less conventional forms. That’s the way I put it. They believe in personal storytelling.
Saturday, April 15, 2006
Thursday, April 13, 2006
Bacchanal FIFA 2006
I barely talk about football. The predictions announced today in the Portuguese newspaper DN and the Guardian (November last year) leave me with no choice, though. The World Cup will be the biggest bacchanal ever, said a Portuguese MP, which I believe was well-intentioned but naïve about the power of his words. 400 thousand prostitutes, 30% above the normal in
Wednesday, April 12, 2006
para acabar
O bairro do amor é uma zona marginal
Onde não há hotéis nem hospitais
No bairro do amor cada um tem que tratar
Das suas nódoas negras sentimentais
Este bairro do amor sempre me fez lembrar um outro, triste e envolvente filmado sob uma luz bonita e banda sonora a condizer. The Million Dollar Hotel. Quanto à música já desisti de mostrá-la aqui. A ouvir: a banda sonora toda mas sobretudo Brad Mehldau & Bill Frissell - "Tom Tom's Room". Com diálogo. Cuidado com os downloads. Espiem o livro do Wim Wenders e da mulher Donata Wenders, grande responsável pelas imagens do filme e livro. Se acaso entrarem numa livraria nesta Páscoa e se lembrarem. Bonito título também.
Tuesday, April 11, 2006
linhas soltas
Sunday, April 09, 2006
My view
Barbican Art Gallery, 16 Feb - 21 May
Fica a sensação de uma exposição fora do lugar, uma espécie de zoológico. A tentativa de recriação forçada e imperfeita de performances que existiram nos anos 60, 70, que se estendeu além fronteiras brasileiras, instalações que viveram porque interactivas com o público – foi desconfortável entrar nelas, da forma como as senti "enjauladas" no Barbican. Será essa participação assim desconfortável a prova do seu sucesso? A consciencialização de que a tropicália viveu fora de museus, na rua, noutros tempos, noutro contexto.
Não me parece. Senti a tropicália mais genuína nas quatro televisões onde vi finalmente ao vivo os tão ouvidos festivais de música brasileira onde Caetano, Gil, os Mutantes espicaçavam os brasileiros com músicas e discursos sobre ser proibido proibir.
A tarde acabou com uma hora de conversa com um Caetano amestrado, à vontade num mundo de produção discográfica, a falar de paixões e intenções passadas com uma ironia e displicência difíceis de ouvir sem o mandar à merda. Sei, os anos passaram, as pessoas mudam. Não senti mais vontade de lhe perguntar o que queria: a mudança de atitude e de fazer música, esta forma diferente de falar sobre o que a tropicália representou e foi através de si – dessensibilizada, despolitizada, distante, é pacífica para si? Acabou-se a minha esperança de uma surpresa na resposta.
Friday, April 07, 2006
Jesus or Judas
The National Geographic (yes, indeed!) reported the finding of a 62-page manuscript devoted to an account of the final days of Jesus written from the viewpoint of the man who remained for history as the traitor of Jesus. What the Gospel of Judas says is that Judas was Jesus chief apostle who “betrayed” him at the actual request of his master in order to save the world. Without him Jesus would not be sacrificed and God’s plan to redeem mankind would not have been fulfilled. Judas is the true saviour, then? It’s getting exciting...
The Catholic Church might fall short on arguments for this one. There is always the option of Judas being schizofrenic, heard too many voices, and hallucinated that God had a higher mission for him. That might work.
Thursday, April 06, 2006
Egoísta
O dia nasceu bonito e quiseste que nos levantássemos. Sempre gostei de te apreciar às escondidas, e aproveitei para ficar na cama a escutar os sons longínquos do chuveiro - o primeiro impacto na superfície da banheira; instantes depois, a diminuição da pressão. Posso imaginar o vapor a subir pelas paredes, e o regresso da pressão indica-me que abriste a água fria. O som começa a ser entrecortado pela tua mão esquerda a experimentar a temperatura. Abro um olho para confirmar que deixaste as calças do pijama pelo chão. A seguir, quase imperceptível para o ouvido desprevenido, o barulho que fazes com a boca quando te arrepias ao entrar no jacto do chuveiro. A água cai agora em gotas grossas e de vez em quando silencia para logo voltar. Quando esfregas as mãos com sabonete é altura de me espreguiçar e ir juntar-me a ti. Ainda te ouço soltar um gritinho de satisfação significando que estalaram as últimas camadas do teu sono. Sorrio, avanço já despido para a retrete. Entro no duche e abraço-te com preguiça. É a fita que eu faço para tu me ensaboares.
João Barreto
Wednesday, April 05, 2006
Esparguete com atum
A certa altura de cada dia, gosto de encostar-me no espaldar duro da cadeira deste café e dizer: ora bem. Gosto que, antes desse momento, tenha acontecido ocupar-me de pequenos assuntos na cidade. Gosto de riscar esses assuntos na agenda e de, para o efeito, utilizar a minha caneta de ponta fina. Chegado ao café, gosto de abrir o jornal e ler apenas o suficiente para de novo erguer a cabeça e dizer: chiça. Depois, usufruir desses instantes em que me sinto irmanado com todas as pessoas deste mundo, iguais a mim no seu modo particular. Enquanto o trânsito se acumula do lado de fora, gosto de imaginar que, neste mesmo momento, as serras portuguesas hão-de estar descarnadas ante o silêncio da lua que aparece. Os grilos, o vento. Nenhuma pessoa para dizer se faz frio. Gosto de voltar ao jornal e perceber que não vou ler mais. É bonito como tudo é nocturno e depois matinal e tudo isso. Nada é assim tão importante. Pela vida fora, serei o leitor do poema perfeito que é a passagem do tempo. Os seus ventos fortes, as suas brisas discretas, os corrupios em torno de um saco de papel. A colisão de dois automóveis, a queda de um fruto, o desespero de um homem, as minhas dúvidas.
João Barreto