Thursday, June 29, 2006

clean



Mas continuo a duvidar que estas árvores vivam de cimento, continuo a duvidar que não haja maneiras de preservar os passeios antigos calcetados e torná-los acessíveis a todos, continuo a duvidar que estátuas sejam mais importantes que a natureza (ainda que em montras de canteiros rocócós). E gosto de Siza mas não gosto do Porto assim tão clean.

Wednesday, June 28, 2006

Best wishes


Às vezes, saber que uma ameaça paira sobre alguém que gostamos, relembra-nos o seu valor. Maria João Pires é, para além de uma brilhante pianista, fundadora de um dos projectos educativos mais inovadores e criativos em Portugal – o centro de Belgais com a escola da mata, ele também ameaçado pelos incêndios em 2004. Aqui, a formação e sensibilização artística assumem uma relevância idêntica à de outras áreas do saber e sentir, coisa rara, aliada ao combate contra a desertificação do interior do país. Maria João Pires tem-se dedicado desde os anos 70 à reflexão sobre a influência da arte na vida, na comunidade e na escola, tentando desenvolver novos meios de implementação desta pedagogia no mundo social. Defende novas formas de transmissão que respeitem o desenvolvimento do indivíduo e das culturas, por oposição à lógica destruidora e materialista da mundialização. Cancela agora os concertos no festival Florilegio Salmantino e no festival de Sintra, por motivos de saúde resultantes de uma grave crise cardíaca que a surpreendeu em Março deste ano.

Tuesday, June 27, 2006

Wednesday, June 21, 2006

desculpem...

Vi bem na sport tv o Manuel Alegre a comentar futebol?

Monday, June 19, 2006

Sunday, June 18, 2006

by english to english

Alentejo Blue, the book mentioned here, is now fourth in the Guardian book ranking. Grumbled about the £14 but bought it. Started to read but won’t say anything. Wait but please, seat down.

Friday, June 16, 2006

História Verde

(autêntica)

LXA 5 MAIO 951
para a cor branca e a cor roxa


Verde ia pela estrada, a única estrada que há, por onde vai toda a gente em caminhos diferentes. Ia para diante, como todos.
Verde ainda não tinha história, a história de Verde, portanto, ainda não conhecia alegrias nem tristezas, ia naturalmente pela estrada fora.
Não se sabe muito bem porquê Verde ia muito bem pela estrada. Olhavam para Verde. Verde não reparava em nada, ia para diante, naturalmente, sem história, alegria, sem tristeza.


Continua em Ficções, Almada Negreiros. Sem sair de casa na Assírio & Alvim.

Thursday, June 15, 2006

drops


Yves Klein, Requiem Blue, 1960

The window of the bus had a few rain drops but I still could see.

The paper that he dropped was still in the floor.

He walked slowly and didn’t turn back.Not a drop of pity.
I decided to leave the bus.

The letter was still dropping in my hands. He wrote a blue note.

Friday, June 09, 2006

Thursday, June 08, 2006

O ar que se respira


Começou Junho e novos rumos. À mistura com o plano nacional de leitura, febre dos fenos, casamentos em baixa em Portugal (não é desta, no entanto, que acabam as noivas de Santo António), o Mundial a começar, festas das cidades (Porto e Londres), começo a perceber as minhas plantas e a tratar delas como, ao que parece, elas gostam. É ver-me podá-las, regá-las, posicioná-las ao sol mas não em demasia. Admito, já me saíram mesmo umas palavras carinhosas. Enfim. Rebentos por todo o lado e folhas novas de verde aberto! E mais nada.

Isto para trazer um assunto à baila. No fim-de-semana passado fui a um festival ambientalista em South Bank e para além de me espraiar na “praia” durante umas horas (com o Tamisa como mar), fui a algumas barraquinhas saber mais, buscar brochuras, falar. E também mitrar-me a umas espetadas de fruta mergulhadas em chocolate quente que estavam a oferecer. Ver morcegos, lutar com um puto caixa de óculos por um microscópio para ver uma minhoca, ver ordenhar cabras. É um bocado como o Sócrates andar 3 kms com uma t-shirt verde que lhe acentuava o ar gaiato. Sério, vejo cada vez mais sentido na causa ambientalista. Não sei se é de ler o Independent ou de abrir a janela e respirar o ar de Oxford Street. Mas dou mais valor a um jardim ou passeios em sítios sem prédios. Conseguir ver estrelas. E comprometo-me mais com o que sinto estar ao meu alcance para preservar esses espaços e melhorar o estado de saúde do mundo. E mais nada.

Friday, June 02, 2006

Quem vai perder?

(entre outros)
Passeios a desoras: "A realização de visitas ao Parque de Serralves fora do horário em que este normalmente se encontra aberto ao público, permitirá partilhar com um grupo de visitantes uma experiência da paisagem de Serralves até aqui reservada aos colaboradores da Fundação de Serralves. Nas primeiras horas da manhã, ou tarde numa noite de luar, são convocados para a percepção da paisagem de Serralves outros sentidos para além do olhar. As visitas terminarão com um pequeno-almoço ou uma breve ceia, ambos preparados com os produtos produzidos no Parque."


TV pre-World Cup



"Parece que os golos que fiz foi em jogos a brincar". Bola.





Although the last days have been very busy I found some time to spy on how the Portuguese and English TV channels are preparing for the World Cup. Sorry once again for “putting the finger in the wound” but the Portuguese programmes, comments and coverage are disgraceful. An awful song (nanananananana), press conferences where everybody says common things and lined-up cues, a shameful lack of historical sense and interest on teams other than the Portuguese. A lesson: ITV1 late evenings: World Cup Heaven and Hell. “A collection of clips from past tournaments revealing goals that influenced not only the result of the game, but the course of history as well.”. Last of series today, from 23pm to 00. Ohhh…