Monday, May 15, 2006

Curves of Time

A escolha de um livro assemelha-se à compra de uma lente para a máquina fotográfica. Podemos comprar sempre a mesma. Ou optar por uma nova que realce outros pormenores e mostre a realidade de uma outra perspectiva. Comprei a autobiografia de Niemeyer, da Phaidon. Primeiro porque gosto da Phaidon, das escolhas e do design dos livros. Segundo porque já fui surpreendida pela arquitectura uma vez e gostei. Terceiro, porque agrada-me a simplicidade e a luz das poucas obras de Niemeyer que conheço (por sinal as duas últimas): o pavilhão temporário na Serpentine Gallery, em Kensington Gardens e o auditório Ibirapuera em São Paulo. Quarto, porque gostei das primeiras linhas do livro. A sensibilidade arquitectónica na sua forma de entender o espaço é uma que expande horizontes sobre a vida, acho. É possível que volte aqui com algumas partes do livro mas deixo-vos agora as linhas que me fizeram comprá-lo.

“I am not attracted to straight angles or to the straight line, hard and inflexible, created by man. I am attracted to free-flowing, sensual curves. The curves that I find in the mountains of my country, in the sinuousness of its rivers, in the waves of the ocean, and on the body of the beloved woman. Curves make up the entire Universe, the curved Universe of Einstein.”

Oscar Niemeyer, The Curves of Time: The Memoirs of Oscar Niemeyer, Phaidon 2000.

3 comments:

Anonymous said...

Prima, por acaso ando numa onda de biografias, género literário que não é muito popular aqui no nosso país e por isso difícil de encontrar. Boa ideia. Beijos muitos.

fiona bacana said...

Ai a serpentine gallery....q saudades....

ps: o teu mayor fez cá 1 figurinha...a cara dele quando o hugo chavez responde a 1 pergunta que procurava saber se o venezuelano não seria até semelhante ao bush: "NUNCA FUI TÃO INSULTADO EM PÚBLICO". Brilhante. E o Mayor Livingstone enfia a cara no chão...

Anonymous said...

pois, arquitectura, aqueles que a tem dura. depois de uma vida a apanhar com isto atras no cortejo da queima continuo a achar que quem le libros dum arquitecto estranjeiro e brasileiro é porque nao ta bem. nao ha ca bons arquitectos ó minhas amigas? nao temos o tabeira? ou aquele do estadio do coiso, do braga assim, braga, isso braga. pois e as autobigrafias sao tao bunitas... eu tibe a ler uma do papa e gostei tanto que ate comecei logo a rezar alto axim bzses beses bzzeee bjeeee pa ninguem perceber no 76 que eu tava a falar com o nosso menino

lere é tao bom porra, tras tantas nobidades e coltura, olhem so paquele marido da senhora que concorreu a camara dos mouros, a barbara guimaraes. mas que home tao culto! tao bem falante tao amigo dos amigos e cheio de altruismo pa dare aiii se eu nao fosse casada e lesbica porra

adeus