Não sei o que pensar sobre celebrar o 25 de Abril de 1974. Sei que não me apetece ir para um bar português/brasileiro em Covent Garden (que por acaso tem umas tartes de banana e canela muito boas e caipirinhas ainda melhores), e ostentar cravos vermelhos com uns outros tantos portugueses no meio de Londres. Para mim, não. Não é por aí. Não costumo ser tão revoltada como o José Mário Branco mas para mim este 25 fica mais ligado do que os outros ao seu discurso sobre Portugal depois de Abril. Cresci? Deixo-vos só umas linhas. Mas vale mesmo a pena ouvir o discurso todo, se o encontrarem entre os vinis dos vossos pais (ou entre os vossos).
Estás desiludido com as promessas de Abril, né? As conquistas de Abril! Eram só paleio a partir do momento que tas começaram a tirar e tu ficaste quietinho, né filho? E tu fizeste como o avestruz, enfiaste a cabeça na areia, não é nada comigo, não é nada comigo, né? E os da frente que se lixem... E é por isso que a tua solução é não ver, é não ouvir, é não querer ver, é não querer entender nada, precisas de paz de consciência, não andas aqui a brincar, né filho? Precisas de ter razão, precisas de atirar as culpas para cima de alguém e atiras as culpas para os da frente, para os do 25 de Abril, para os do 28 de Setembro, para os do 11 de Março, para os do 25 de Novembro, para os do... que dia é hoje, ah?
Tuesday, April 25, 2006
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1 comment:
E p*** que p**** este conformismo e a conversa de treta de que se não estás a favor estás contra!!
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